O que é o Protestantismo, suas incoerências e o falso conceito de ecumenismo
a) Contra o que protestam os protestantes?
Os protestantes protestam contra a Igreja católica e contra os ensinamentos da mesma.
Cristo, o verdadeiro Deus, dirigindo-se a Pedro, disse:
"Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela" (Mt 16, 18).
"Estarei convosco até o fim dos séculos" (Mt. 28, 20).
"Se alguém, ainda que fosse um anjo do céu, vos anunciasse outro evangelho além do que vos tenho anunciado, seja anátema" (Gal 1, 8)
"Pedro, rezei por ti, para que a tua fé nunca venha a se desfalecer" (Lc 22, 32).
Tudo isso é claro: é tal um sol refulgente! O protestante, entretanto, protesta e grita precipitadamente: "Não! S. Pedro não é o chefe da Igreja! Não, ele não é o primeiro Papa! Ele nunca esteve em Roma! Não tem autoridade!" Se os protestantes fossem sinceros, eles deveriam reconhecer que só acreditam no protesto, pois eles negam o que a Igreja afirma e afirmam o que a Igreja nega.
Eis a religião protestante.
A Igreja católica crê que S. Pedro e seus sucessores são os representantes de Cristo na Terra. Os protestantes protestam!
A Igreja crê na pureza Imaculada da Mãe de Deus, honrando-a e invocando-a. Os protestantes protestam!
A Igreja crê na confissão, no poder que o sacerdote recebeu de Cristo, de perdoar os pecados. Os protestantes protestam!
A Igreja crê no céu para os justos, no inferno para os maus e no purgatório para aqueles que têm de expiar ainda umas faltas. Os protestantes protestam!
A Igreja crê na intercessão dos santos, no culto dos finados, na união que existe entre os vivos e os mortos. Os protestantes protestam!
A Igreja crê nos sete sacramentos, no poder da oração, no valor das boas obras, nas indulgências concedidas pela Igreja. Os protestantes protestam!
A Igreja crê na Bíblia, como um livro divino, exigindo uma interpretação autêntica, feita por uma autoridade legítima. Os protestantes protestam!
A Igreja crê na Tradição, conforme as palavras de S. Paulo: "Conservai as tradições que aprendestes, ou por nossas palavras, ou nossa carta" (2 Tess 2, 15). Os protestantes protestam!
Bem que se aplicam a eles as palavras de S. Paulo: "Muitos andam... que são inimigos da cruz de Cristo, cujo fim é a perdição, cujo deus é o ventre, e cuja glória é para confusão deles, que só pensam nas coisas terrenas" (Filip. 3, 18-19).
Nos Evangelhos, não é menos taxativo o Filho de Deus: "Ai de vós... hipócritas, porque percorreis mar e terra para fazer um prosélito, e depois de o ter ganho, o fazeis filho do inferno, duas vezes mais do que vós" (Mt 23, 15).
E S. Paulo aos Romanos: "Tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus... antes se desvaneceram. Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos" (1 Rm 21-22)
Mas, não serão palavras duras demais? Não, pois a confusão de doutrina, a divisão na cristandade, o desvio de tantas almas, tudo isso é gravíssimo!
A primeira obra que uma religião deve fazer é provar sua autenticidade, a autoridade e a legitimidade do seu ensino. Em outros termos, é provar os seus dogmas.
Por que razão não o fazem os protestantes? Pela razão muito simples de não terem dogmas. A negação ou o protesto não se sustentam por si mesmos, só podem existir onde há uma coisa positiva, que se possa negar, onde há uma verdade contra a qual se possa protestar...
b) O que é a Igreja Católica em comparação ao protestantismo?
O protestantismo só pode viver da negação do catolicismo. Assim, se o catolicismo pudesse morrer - o que é impossível - no mesmo dia e na mesma hora estaria morto o protestantismo.
A Igreja católica é o objeto positivo; o protestantismo é a sua negação.
A Igreja católica é o sol luminoso e resplandecente do dia; o protestantismo é as trevas da noite onde se tropeça e perde o caminho: "Vae ponentes tenebras lucem" (Is 5, 20)
A Igreja católica é uma instituição que mantém a unidade através do Papa, o protestantismo é a anarquia, a desordem, onde cada pastor é livre em sua interpretação, onde cada fiel é 'inspirado pelo espírito santo': "Super hanc petram aedificabo ecclesiam meam" (Mt 16, 18).
A Igreja católica é a árvore frondosa, em cujos ramos as aves do céu, que são os santos, fazem seus ninhos; o protestantismo procura envolver o tronco e chupar-lhe a seiva, para esterilizá-lo. "Fit arbor, ita ut volucres caeli... habitent in ramis ejus" (Mt 13, 32).
A Igreja católica é o farol luminoso, que Deus colocou à beira da estrada humana, para indicar aos homens a verdade e a virtude; o protestantismo é a noite escura da 'interpretação pessoal', do subjetivismo e do orgulho individual, que cega o olhar do viajante e o faz precipitar-se no abismo. "Possui te in lucem gentium" (At 13, 47).
A Igreja católica é a ponte que liga a terra ao céu, e onde os homens devem passar para, da terra, subirem ao céu; o protestantismo é o abismo que desvia as almas da ponte. "Arcta via est, quae ducit ad vitam" (Mt 7, 14).
A Igreja católica é a arca fora da qual ninguém se salva, sendo todos - como no dilúvio - arrastados pelas ondas em furor; o protestantismo é o arrecife, formado pelas árvores arrancadas, pelas casas destruídas, que procura atalhar a navegação da arca. "Tanquam navis quae pertransit fluctuantem aquam" (Sab 5, 10).
A Igreja é a barca de S. Pedro que leva, através do oceano do mundo, os filhos de Deus, até aportar no céu; o protestantismo é o vento rígido que sopra contra a barquinha procurando afogá-la. "Navicula... in medio maris factabatur fluctibus" (Mt 14, 24).
A Igreja católica é a salvação prometida pelo Salvador; é a porta do céu; o protestantismo é a perdição das almas na negação da Igreja. "Si ecclesiam non audierit, sit tibi sicut ethnicus" (Mt 18, 17).
A Igreja católica é o Reino de Deus, reino triunfante no céu; reino padecente no purgatório, reino militante na terra; o protestantismo, estando fora deste tríplice reino... Para terminar, resumamos tudo em duas palavras: a igreja católica é a obra de Deus, fundada por Deus, sustentada por Deus, inspirada por Deus, fazendo as obras de Deus; o protestantismo é obra dos homens.
c) A Contradição dos protestantes protestando
1) apenas a Bíblia A Bíblia, só a bíblia... é o grito dos filhos de Lutero. Onde, porventura, encontram eles na Bíblia esta passagem: "só a bíblia"? Como eles podem defender "só a bíblia" se essa afirmação não consta na Bíblia? E como fica frase de S. Pedro: "Assim vos escreveu também o nosso caríssimo irmão Paulo, segundo a sabedoria que lhe foi dada, falando-vos dessas coisas, como faz também em todas as suas cartas. Nelas há, porém, alguma coisa difícil de compreender, que as pessoas pouco instruídas ou pouco firmes deturpam, como fazem também com as outras escrituras, para sua própria ruína" (2Pd 3, 15-16). Se só a Bíblia, como pode ela levar ao engano?
2) As incoerências do "livre exame"
Aqui aparecem outras contradições aberrantes. Segundo a tese protestante, cada um com a sua Bíblia não precisa de explicação de ninguém, ele mesmo pode e deve interpretá-la segundo a "iluminação" ou "inspiração" do espírito santo. Ora, é para que servem os seus pastores, oradores, debatedores, etc? E como fica o "exame" católico? Por que não vale? Todos tem liberdade, menos os católicos? No fundo, cada um dos 'intérpretes' se julga juiz da "Bíblia" E como é possível o mesmo 'espírito santo' interpretar de forma diferente o mesmo texto em cada denominação protestante? Mas que contradição absurda! Ou Deus é contraditório, ou o "livre exame" leva ao erro!
d) O falso conceito de ecumenismo
Ecumenismo não se confunde com sincretismo ou com relativismo. Sincretismo é a mistura das religiões, querendo fazer um meio-termo entre elas. Cada um abre mão de parte de sua doutrina em função do outro. O relativismo é o fundamento do conceito de equivocado ecumenismo e a negação da verdade. No fundo, é um tipo de ateísmo disfarçado, pois Deus é a verdade e, como conseqüência, ela não pode ser múltipla e "relativa" a cada um. Quem segue esse falso ecumenismo não crê em sua religião e busca moldar sua fé segundo o mundo e não segundo a Deus. Ele tem receio de se dizer católico por vergonha de proclamar verdades eternas. Ele tem vergonha de defender a Cristo quando todos o combatem, etc.
Encíclica Mortalium Animus de Pio IX sobre o Ecumenismo
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